Wednesday, January 3, 2007

as sombras têm asas


sinto na pele a sombra que se projecta na parede
sinto o olhar que invade a sombra, cortando o silêncio, derrubando o espaço
sinto o toque desenhado na ponta dos dedos, despindo a pele que arde na sombra e queima
sinto nos lábios o calor de um corpo inteiro


1 comment:

Joaquim Amândio Santos said...

"
Quando o manto escuro ergue a minha dor, deixo que a levem na brisa fria que lhe concede o norte.
Delicioso este vento que me consome em rajadas céleres como chicotes.
Não é o seu uivo que a vida escuta, mas os meus laivos de liberdade.
Estou por cá, onde o meu sopro me leva. sou o vento da tempestade e renegarei qualquer calmaria que me provoque tréguas. Sem fim, ergo o meu furacão e reservo o seu centro de sossego para te acolher.
Anda, visita o aconchego do meu coração.
"

2007, JAS